Quando defendo a Querência não é por
mim, mas por Ela. À minha Pampa amarela, verde e
vermelha, na essência, presto a minha continência tal
soldado farroupilha.
Com a velha força caudilha e o meu
relho na mão, na Ronda da Tradição sou um tropeiro de
vigília! E se preciso sou duro ao defender velho e
novo; ao ver a herança deste povo projetada no futuro; o
miscegenado e o puro, mesclados num mesmo tento,
soprados no mesmo vento, seguindo uma só direção, com
amarras na Tradição e atilhos no pensamento. E ao ver os
incipientes a serviço da exploração, matando uma
Tradição com propostas diferentes, semeando aqui as
sementes de culturas lá de fora, sento as garras e meto
a espora nas ilheiras desses maulas, domando-os com
muitas aulas de filosofias de outrora. Pois não é de
agora que o Rio Grande sofre ataques na cultura;
esquecem que a nossa é mais pura, que não há quem nela
mande. E nem haverá quem comande a nossa Gaúcha
Querência, pois forjamos, na vivência de Centauros das
Coxilhas, raça e fibra Farroupilhas: esta é a nossa
descendência! (DESCENDÊNCIA GAÚCHA, de José Itajaú
Oleques Teixeira).
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